F1: Vowles lidera evolução da Williams com estilo de gestão participativo

James Vowles, chefe da equipe Williams, vem colhendo frutos de uma abordagem de liderança que mistura confiança e orientação sutil. Comparando seu estilo à colocação de barreiras em uma pista de boliche, Vowles afirmou que sua missão é garantir que a equipe se mantenha na direção certa, sem interferir diretamente nas decisões técnicas do dia a dia.

“A melhor maneira de descrever é: Quando você vai a uma pista de boliche com uma criança de três anos ou um adolescente competitivo, você coloca as barreiras laterais. Eu vejo meu papel como uma dessas barreiras”, afirmou Vowles. “Se vejo algo indo na direção errada, não digo o que fazer, apenas faço perguntas que levem a equipe a pensar de outra forma.”

Com passagens anteriores como estrategista-chefe da Mercedes, Vowles agora atua de maneira mais distante da estratégia de corrida, preferindo empoderar sua equipe e confiar no trabalho técnico dos engenheiros. “Eles estão imersos nos detalhes, trabalhando doze horas por dia. Eu confio e os incentivo. Quando você olha de cima, enxerga coisas diferentes e chama a atenção para isso”, disse ele.

Sob sua liderança, a Williams vem demonstrando progresso constante. Na temporada 2025 da Fórmula 1, a equipe ocupa a quinta posição no campeonato de construtores, com 26 pontos de vantagem sobre a Racing Bulls, 37 pontos a mais do que todo o total obtido em 2024. Destaques como o quinto lugar de Alex Albon em Miami, à frente das duas Ferraris e a menos de dez segundos de Max Verstappen, exemplificam a evolução do time.

A contratação de Carlos Sainz para compor a dupla com Albon, também representa um marco importante, pois pela primeira vez em anos, a Williams tem dois pilotos experientes e competitivos.

Vowles, que chegou à Williams cercado de desconfiança, muitos o viam como um possível ‘homem de confiança da Mercedes’, conquistou respeito dentro do paddock e entre os próprios membros da equipe. Seu estilo acessível e equilibrado tem ajudado a resolver situações com rapidez, como a polêmica envolvendo ordens de equipe entre Albon e Sainz em Miami. Segundo ele, tudo foi resolvido em cerca de dois minutos.

Mesmo enfrentando momentos difíceis durante a sequência de três corridas na Europa, a Williams segue bem posicionada para manter sua disputa no pelotão intermediário até as férias da F1 no meio do ano.