George Russell afirmou que sua relação com Lewis Hamilton se tornou ainda mais próxima, após a ida do heptacampeão para a Ferrari na temporada 2025 da Fórmula 1. Segundo o piloto da Mercedes, o afastamento como companheiros de equipe fortaleceu os laços entre eles.
“Na verdade, nossa relação ficou até mais próxima”, disse Russell em entrevista. “Às vezes voamos juntos e conversamos com mais frequência fora das pistas. Lewis é alguém cuja companhia eu realmente gosto.”
Russell destacou que, apesar da exposição intensa que Hamilton enfrenta, o britânico é alguém acessível em contextos mais reservados. “Claro que ele está sob os holofotes, mais do que qualquer um de nós, e às vezes levanta uma espécie de escudo. Mas em um ambiente mais íntimo, nos damos muito bem. É ótimo poder contar com alguém como ele, com quem posso conversar e pedir conselhos de vez em quando, porque ele está em uma fase completamente diferente da carreira.”
Em sua quarta temporada com a Mercedes, Russell vem mostrando consistência e ocupa a quarta colocação no campeonato de pilotos, mesmo com as dificuldades da equipe nas últimas etapas. Ao ser questionado sobre o impacto de ter superado Hamilton em duas das três temporadas em que dividiram o time, ele respondeu com naturalidade: “Eu apenas corro, semana após semana. Sempre disse que não tenho medo de ser companheiro de ninguém.”
Russell destacou que desde sua chegada à Mercedes, em 2022, acreditava ser possível competir de igual para igual com o então principal nome da Fórmula 1. “No fim de 2021, Lewis era o piloto mais cobiçado do grid. Ninguém achava que seria possível vencê-lo como companheiro de equipe. Cheguei e mostrei desempenho desde a primeira corrida. Sempre acreditei em mim mesmo.”
O piloto da Mercedes também mencionou que a ideia de invencibilidade que muitos atribuem a Max Verstappen atualmente é semelhante à que Hamilton carregava anos atrás. “Ninguém acredita que Max possa ser vencido. Mas diziam o mesmo sobre Lewis. E as pessoas esquecem que Lewis chegou à F1 como novato e subiu ao pódio em suas nove primeiras corridas, com um bicampeão (Fernando Alonso na McLaren) como companheiro de equipe. Isso diz muito.”
Sobre suas próprias ambições, Russell se mostrou confiante de que o título está ao seu alcance, embora reconheça que o sucesso nem sempre segue uma linha previsível. “Veja o Fernando (Alonso). Ele conquistou dois títulos nos seus primeiros quatro anos na F1, e diziam que ele teria dez. Não ganhou mais nenhum. Ou o Sebastian (Vettel) que venceu quatro títulos e depois parou”, disse ele.
O britânico lembrou ainda da trajetória de Michael Schumacher como exemplo de perseverança. “Ele levou cinco anos para conquistar o primeiro título pela Ferrari. Este é meu quarto ano na Mercedes, e o próximo será o quinto…”
Apesar de admitir que não há garantias, o piloto da Mercedes mantém o foco. “Ninguém sabe quando sua hora vai chegar. Você só precisa seguir entregando resultados consistentes. O que vai acontecer depois, só o tempo dirá”, finalizou Russell.