F1: “Não sabia o que faria depois da Red Bull”, admite Adrian Newey

Adrian Newey abriu o jogo sobre as razões que o levaram a deixar a Red Bull após quase 20 anos. O designer optou por continuar no automobilismo e agora inicia uma nova fase na carreira com a Aston Martin. O britânico detalhou todo o processo de mudança em entrevista à Sky Sports.

Newey foi sincero sobre o período de incerteza após sua saída da Red Bull: “Eu renunciei à Red Bull por uma série de razões e, naquele momento, genuinamente não tinha ideia do que faria em seguida. Conversei com minha esposa, Mandy, sobre o que fazer. As opções iam desde relaxar e curtir férias no sol, bebendo margaritas, até voltar ao trabalho. E, se fosse trabalhar, qual seria o caminho?”

O projetista chegou a considerar uma mudança radical e ir para a America’s Cup, uma competição de velas. “É um universo paralelo fascinante, com tecnologias similares, mas a competição só ocorre a cada quatro anos. Se o barco não estiver certo desde o início, não há tempo para consertar”, explicou.

Newey explicou que sua verdadeira paixão é a rapidez e a relação entre homem e máquina que a Fórmula 1 proporciona. “Gostei do projeto Valkyrie e estou gostando do RB17, no qual ainda estou envolvido. Mas o que sempre amei na minha carreira é a combinação de homem e máquina, o desafio esportivo. O fato de que toda semana, ou quase toda semana, você está em evidência.”

“Se comparar com meus amigos da universidade que foram para a aeronáutica, trabalhando em empresas como British Aerospace ou Rolls-Royce, eles ficam em projetos que só vão decolar daqui a 10 ou 15 anos”, comentou, descartando projetos na aeronáutica. “Não há muito retorno. Então, eu senti que precisava ser algo com homem e máquina, competição novamente.”

Newey iniciou seus trabalhos com a Aston Martin de forma oficial no GP de Mônaco deste ano, apontando problemas no simulador da equipe. Ele está completamente envolvido no projeto do carro 2026.

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